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Crônica do Dia - Onde tem fumaça - Rede Luziânia

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Crônica do Dia – Onde tem fumaça

O mês de agosto chega com aquele ar diferente. A cidade de Luziânia amanheceu com uma fumaça branca pairando sobre as ruas, casas e prédios. Um cheiro forte de mato queimado, ainda não é da decisão do STF, mas que agride os olhos, narinas e as pessoas espirram e tossem e com certeza afetando muito e piorando a situação de quem sofre com problemas respiratórios. O fogo começou na vegetação da parte semi-urbana e ficou a noite inteira fumegando. A noite foi sufocante e pelo amanhecer o resultado foi a névoa fumacenta no horizonte. A torre da igreja Matriz estava enevoada, as torres gêmeas de Luziânia também, um horror só. As autoridades se empenham em conscientizar a população para não realizar queimadas nesse tempo seco. Mas pouco adianta. Parece fazer parte mesmo da cultura de alguns que se tiver um capim seco, um monte de folhas ou qualquer coisa que dê para riscar fogo, tem que fazer fogo, fazer fumaça. Às vezes é mesmo necessário realizar uma queima ou fazer uma limpeza nas folhas do quintal de casa, da chácara, etc. Mas não precisa botar fogo no mundo inteiro. Que aflição. Algo que falta em Luziânia e eu inclusive falei sobre com o atual secretário de meio ambiente é a criação do batalhão ambiental na cidade. Luziânia e o jardim Ingá já comportam um batalhão ambiental. Segue a dica para os entes de segurança pública. Poderia ajudar especialmente na parte de prevenção de crimes ambientais e a punição quando se fizer necessário. Já imaginou ter aulas de conscientização ambiental nas escolas, feitas por profissionais do ICMBio, IBAMA e outros órgãos que cuidam das importantes questões ambientais? Infelizmente tais visitas somente acontecem em algumas datas do calendário ambiental. Repito, falta conscientização ambiental em Luziânia. É o tema do momento. Os fenômenos ambientais estão afetando o mundo inteiro. Em dois dias seguidos desta semana eu observei boquiaberto, moradores de Luziânia lavando o asfalto com água limpa da torneira. Tenha dó. Acho que uma pessoa que desperdiça água limpa, lavando calçada ou mesmo o asfalto deveria receber uma verdadeira aula de educação ambiental: uma multa bem pesada, doer no bolso é uma excelente maneira de educar e tem gente que só aprende assim. Agora também acredito que é possível educar com qualidade as novas gerações. Ajudá-los a preservar a água, visitar as nascentes, proteger o bioma Cerrado, com visitas in loco e fomentar na juventude uma visão correta sobre a necessidade de cuidar do meio ambiente. O futuro é hoje, a fumaça da ignorância seguirá pairando sobre nossas cabeças e nossas cidades. A diferença será nossa atitude de futuro. 

Arley da Cruz – 03.08.2023

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