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O Cerrado, segundo maior bioma do Brasil, tem sofrido ao longo das últimas décadas ameaças graves por conta do avanço da agropecuária, do desmatamento, da expansão urbana e da mineração. A preservação desse ecossistema é urgente e, com esse propósito em mente, professores da Universidade Estadual de Goiás (UEG) lançaram, durante o 1º Encontro do Programa Araguaia Vivo 2030, a coletânea “Florinha do Cerrado”, que busca conscientizar as novas gerações quanto à importância da proteção ambiental. Na última terça-feira, 1º, a obra foi entregue ao reitor da UEG, professor Antônio Cruvinel, e aos pró-reitores de Extensão e Assuntos Estudantis, professora Sandra Máscimo da Costa, e de Pesquisa e Pós-graduação, professor Claudio Stacheira. Os organizadores da coletânea também realizaram a entrega de cópias oficiais à equipe do Programa Araguaia Vivo 2030 e à editora da UEG, responsável pela publicação.
A coletânea, que inclui um livro e três cadernos de atividades, conta a história de uma flor de ipê-amarelo (Sara) e duas abelhas (Déia e Jô) que embarcam em uma expedição pelo Cerrado para conhecer e unir a flora em defesa do bioma. As personagens vão ao encontro do conhecimento sobre espécies de plantas do Cerrado e buscam entender os impactos ambientais que o território vem sofrendo, além de buscar possíveis soluções para proteger o meio ambiente.
O projeto é fruto da pesquisa de pós-doutorado do biólogo Charles Lima Ribeiro, supervisionado pelas professoras Dra. Andreia Juliana Rodrigues Caldeira e Dra. Josana de Castro Peixoto, no Programa de Pós-Graduação em Territórios e Expressões Culturais no Cerrado (Teccer|UEG), com apoio do Laboratório de Saberes Tradicionais e Ambientais do Cerrado (Lsbsacer) e do Laboratório de Educação Científica e Popularização da Ciência (Lecpop).
De acordo com o biólogo Charles Lima, “A Florinha do Cerrado é a conexão da botânica com a ecologia, da educação com a sensibilização. É um material que promove o encontro de saberes que unidos buscam promover pensamentos mais biocêntricos e atitudes concretas de conversação do Cerrado, por meio do olhar botânico e de seu protagonismo.”
A pesquisa que deu origem ao projeto é parte dos Programas Araguaia Vivo 2030 e PPBio Araguaia, em parceria com a Tropical Water Research Alliance (TWRA), Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Goiás (Fapeg) e Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), além do apoio da Fundação Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes).
A primeira edição da obra foi ilustrada por Francisco Calaça, no livro texto, e Emanuella Messias de Souza, no retoque ilustrativo dos cadernos de atividades. O prefácio foi elaborado pela professora Poliene Bicalho, historiadora e coordenadora do Teccer|UEG.
A profa. Dra. Andreia Juliana explica que a Florinha do Cerrado é um material que visa a educação científica e popularização da ciência, mas pretende também tocar o coração das pessoas para despertar o interesse pela flora do Cerrado, bem como para a conservação do bioma. “Reconhecer o Cerrado como o território em que vivemos é fundamental para fortalecer nosso vínculo com este bioma. Pois, ao entender sua importância ecológica, cultural e social, somos capazes de adotar atitudes conscientes de preservação, contribuindo para a conservação da sua biodiversidade e recursos naturais, essenciais para a qualidade de vida e equilíbrio ambiental tanto local quanto global” afirma.
Para a profa. Dra. Josana Peixoto, conhecer e se pertencer ao Cerrado são determinantes para que ações individuais prosperem em ações coletivas. “Para proteger e propor ações de sustentabilidade faz-se necessário enxergar as nossas pesquisas na ótica interdisciplinar para compreender a complexidade desse bioma-território, que é rico não apenas em biodiversidade, mas também em aspectos culturais, sociais, econômicos e ambientais e nas suas representações sociais”, destaca.
Acesse o perfil da Florinha do Cerrado no Instagram.
Araguaia Vivo 2030
O Programa Araguaia Vivo 2030 consiste em 11 atividades interligadas, que abrangem pesquisa, educação ambiental, inovação tecnológica e conservação. Essas atividades visam fornecer informações para uma melhor gestão e conservação dos recursos naturais, incluindo água e florestas, promovendo o desenvolvimento sustentável na região.
1º Encontro do Programa Araguaia Vivo 2030 aconteceu entre os dias 9 a 11 de setembro de 2024, no âmbito do Conexão Araguaia 2024, evento que reuniu especialistas e interessados na conservação da bacia do Rio Araguaia para apresentação dos projetos realizados pelo Araguaia Vivo e seus parceiros.
Para mais informações sobre o projeto, acesse a página do Programa Araguaia Vivo 2030.
(Comunicação Setorial|UEG)
FONTE
https://www.ueg.br/noticia/67269A