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Sessão Ordinária da ALAP resgata a história de Luziânia e renova compromisso com a preservação do patrimônio cultural

Por Arley da Cruz
Luziânia, 13 de abril de 2025

A sede da Academia de Letras e Artes do Planalto (ALAP), em Luziânia (GO), recebeu neste domingo mais uma sessão ordinária memorável, marcada por reflexões profundas sobre a história regional, o legado de seus fundadores e os desafios atuais para a preservação do patrimônio cultural do Planalto Central. O encontro, conduzido pelo presidente Eliezer Bispo, reuniu acadêmicos, convidados, estudantes e representantes da comunidade local.

Uma saudação à memória

A sessão foi iniciada com uma calorosa saudação de Eliezer Bispo, que destacou a importância de se reunir na “Casa de Gelmires Reis”, um dos fundadores da ALAP e grande defensor da memória regional. Foi feita a leitura de uma efeméride histórica de 1916, destacando a lei municipal nº 1142 de Formosa, que autorizou a construção da ponte sobre o rio Paraúna — um marco da infraestrutura goiana da época. Citando Cora Coralina, o presidente reforçou: “O que vale na vida não é o ponto de partida, mas sim a chegada.”

O retorno de Wilter Campos Coelho

Durante a sessão da Academia de Letras e Artes do Planalto (ALAP), o acadêmico Wilter Campos Coelho fez um pronunciamento emocionado e reflexivo. Pediu desculpas ao fundador da Academia Gelmires Reis, reiterando que as instituições devem sempre prevalecer sobre os indivíduos. Com um tom sincero e, por vezes, irreverente, mencionou o impacto de experiências desinstitucionalizantes e relembrou sua posse em janeiro de 1991, destacando a convivência com grandes nomes da primeira geração da ALAP, como Gelmires Reis, Dilermando Meireles e José de Melo Álvares. Comentou também a história do jornal O Planalto, impresso de forma artesanal, e sua importância na preservação da memória luzianiense, incluindo artigos que resgatam a história de Santa Luzia e o entusiasmo dos mudancistas com a construção de Brasília.

Wilter ressaltou que Brasília transformou profundamente a região, ao mesmo tempo em que trouxe frustrações para os luzianienses, que doaram terras, mas enfrentaram preconceitos e marginalizações. Relembrou episódios marcantes, como a criação da zona boêmia de Luziânia, os apelidos que se tornaram parte do folclore local e a luta dos primeiros escritores por manter viva a identidade do Planalto Central. Destacou ainda a urgência de refletir sobre os novos desafios: o tombamento do patrimônio, o abandono de espaços históricos, e o papel da ALAP como mediadora entre o passado e o futuro. Segundo ele, a Academia precisa ser criativa, admitir o novo, mas sem abrir mão da preservação histórica: “Onde estamos errando?”, provocou, conclamando os presentes a construírem estratégias para cuidar do legado cultural de Luziânia.

Para Wilter, a ALAP deve equilibrar o novo com a preservação: “A Academia não é uma briga contra o tempo, mas não pode engolir tudo que vem de fora.”

Vozes da memória e do presente

A sessão seguiu com a participação de diversos acadêmicos, entre eles:

  • Professora Graça Veloso, que celebrou seu retorno à Academia e refletiu sobre a perda de tradições frente às transformações nos meios de produção.

  • Jarbas Marques, que relembrou sua posse com Wilter como presidente e resgatou o conceito de “Entorno de Brasília”, cunhado por ele, além de destacar o papel de Segismundo de Araújo Melo na propagação do Sonho de Dom Bosco.

  • Tiago Machado trouxe uma reflexão sobre o tempo e a missão da ALAP: “Uma cidade sem história é uma cidade sem referência.” Apresentou ainda um projeto de lei municipal que valoriza as maravilhas de Luziânia, como o Lago Corumbá, o Cristo Redentor e o Rego das Cabaças.

  • Lucineide, acadêmica, falou sobre o poder da arte em tempos difíceis e a importância de manter acesa a chama do pertencimento cultural, agradecendo a presença dos estudantes de filosofia.

  • Dr. Elisio Morais destacou a responsabilidade dos jovens na continuidade do legado da região e lembrou das palestras históricas de Wilter na UEG.

  • Dr. Cecílio trouxe à tona o resgate das tradições promovido por José Alfio e a fundação do CTG Tropeiros do Cerrado, que celebra a cultura sulista no coração do Centro-Oeste.

  • Dr. Orlando Pinheiro emocionou os presentes com um soneto dedicado a Santa Luzia, exaltando a beleza e identidade da cidade.

  • Professora Shirlan Braz deu ênfase à valorização da presença feminina na ALAP e celebrou o retorno de Wilter com alegria e orgulho.

Novos membros e próximos passos

A sessão também oficializou, por meio da leitura dos pareceres estatutários, a aprovação dos novos membros da ALAP: Tássio Vaz dos Reis e Geraldo Majela Pereira, que em breve tomarão posse como acadêmicos. Na próxima sessão será lido o parecer da nomeação da Dra. Janaína Costa Vecchia de Castro.

A sessão também contou com a presença de discentes do curso de Psicologia da Faculdade Nossa Senhora Aparecida e dos sócios correspondentes da ALAP, José Egídio e Arley da Cruz.

O presidente Eliezer Bispo encerrou a reunião com um chamado à ação: “O que podemos fazer por Luziânia? Precisamos de estratégias criativas para cuidar do nosso patrimônio. A ALAP é o elo entre passado, presente e futuro.”

A próxima sessão está marcada para o dia 04 de maio, quando novos debates e homenagens devem aquecer os corações daqueles que acreditam na força da arte e da cultura como instrumentos de transformação e memória viva do Planalto Central.

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