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Neste domingo, dia 7 de abril, a Academia de Letras e Artes do Planalto, sediada em Luziânia, Goiás, reuniu seus membros para uma sessão ordinária do mês de abril. Sob a presidência de Tiago Machado, a academia presenciou um encontro marcado por debates enriquecedores, homenagens tocantes e momentos culturais memoráveis.
A abertura da sessão foi marcada por agradecimentos especiais. Tiago Machado expressou sua gratidão a Fábio Coutinho, presidente da Associação Nacional dos Escritores, pela doação de livros à academia, fortalecendo ainda mais seu acervo. Além disso, Paulo Castelo Branco, presidente do Instituto Histórico e Geográfico, e Eliezer Bispo, do Projeto da Casa de Cultura de Cristalina, contribuíram para o enriquecimento do acervo com suas doações.
O ponto alto da sessão foi a palestra do Dr. Orlando Pinheiro, que abordou o tema da democracia e seu desenvolvimento ao longo da história. Dr. Pinheiro destacou a importância de cultivar o pensamento democrático e relembrou suas raízes na antiga pólis grega. Desde então, a democracia tem sido uma força motriz de mudança, promovendo revoluções e moldando sistemas políticos em todo o mundo.
O palestrante traçou um panorama histórico, desde a criação da democracia por Clístenes até as revoluções industriais e políticas que moldaram os conceitos modernos de democracia. Ele enfatizou a influência da Revolução Americana, ao mesmo tempo em que reconheceu suas falhas, especialmente em relação ao racismo, que também afetou profundamente o Brasil.
A palestra de Dr. Orlando Pinheiro inspirou reflexões profundas sobre a importância do debate democrático, ecoando as ideias do filósofo Habermas sobre a necessidade de um discurso político verdadeiro e compreensível. Além disso, instigou a consideração sobre os desafios enfrentados pela democracia contemporânea e a importância de proteger suas instituições.
A sessão também foi marcada por homenagens emocionadas. Uma moção de pesar foi dedicada ao professor Francisco da Conceição Menna Barreto, fundador da academia e ocupante da cadeira nº 8, destacando sua contribuição duradoura para as letras e artes da região.
Jarbas Silva Marques, um dos acadêmicos presentes, compartilhou suas experiências pessoais durante a ditadura de 1964. No dia 19 de abril de 1964, ele e outros foram presos, tornando-se o único jornalista ainda vivo daquela ocasião. Ele lamentou a perda do renomado cartunista Ziraldo (24.10.1932-06.04.2024), recordando com carinho o seu próprio casamento com Inês Etiene Romeu, no qual Ziraldo participou como padrinho. Além disso, ele compartilhou suas reflexões sobre a importância de prestar homenagens, destacando seu comparecimento ao velório do Professor Menna Barreto como um gesto significativo.
O acadêmico Dr Cairo Resende falou sobre o deleite em ouvir a palestra de Dr Orlando, disse que o tema ficará como legado para a academia. Lembrou também da ocasião em que encontrou o ex -presidente Juscelino Kubitschek.
Dr Cecílio elogiou a palestra do Dr Orlando sobre a democracia. Lembrou o dia do jornalista que também é o dia da renúncia de Dom Pedro I em 1831. Recordou que Badaró, jornalista que foi morto e que antes disse: “Morre um liberal, mas não a liberdade”
O acadêmico Luiz Solano, importante jornalista brasileiro, homenageou os colegas de profissão pelo seu dia, celebrado neste 07/04.
Além disso, o jornalista e vice-presidente da ALAP, Eliézer Bispo mencionou as importantes nomeações de Conceição Evaristo e Ailton Krenak em academias literárias, ressaltando a diversidade e a representatividade na cultura brasileira.
A acadêmica Shirlan Braz cumprimentou o Dr Orlando Pinheiro pela palestra. Falou sobre o falecimento do professor Menna Barreto, sendo uma perda muito grande.
A sessão encerrou com uma nota de esperança e celebração. Tiago Machado parabenizou os jornalistas pelo seu dia e incentivou-os a continuar buscando a verdade. O músico Acioly abrilhantou o encerramento com uma bela apresentação de saxofone, unindo os presentes em uma atmosfera de apreciação e cultura.
Dessa forma, a sessão ordinária da Academia de Letras e Artes do Planalto não apenas enriqueceu o conhecimento de seus membros, mas também reafirmou o compromisso da instituição com a promoção da cultura, da democracia e da diversidade.
Reportagem Arley da Cruz