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A escrita pode ser bastante banal, sem emoção, sem nada demais, mesmo assim é escrita. Muitos por aí não tem a mínima condição de escrever ou são covardes o suficiente para não expor suas letras, seus garranchos de pensamentos, suas tolices mentais. Eu não me furto. Escrevo de vez em quando umas palavras. Umas trivialidades, uns parcos pensamentos. É bom ser banal, ou um tanto despendido das equações gramaticais ao tecer alguns comentários sobre qualquer assunto que nos avente o pensamento, gastar um pouco do meu vocábulo reduzido a quase nada. Quando escrevo sobre as coisas simples da vida, como está o clima, se choveu ou não, se está frio ou muito quente, se nosso humor está virando como o tempo, se vamos viver ou morrer, escrevo como um trivial que sou. Mas escrevo. Quero escrever e ainda posso, por isso escrevo. Convidaria outros a também escrever, escrever mais, relatar mais, dizer mais e repensar ainda mais. Quando nosso pensamento se transforma em palavras, saltamos um rio inteiro, um Corumbá inteiro. Vamos pra outra margem e observamos as coisas da vida com um melhor interesse, creio eu. As paisagens que se apresentam na nossa frente mudam de lugar, quando lemos os escritos então, tá tudo mudado. Gostaria de ler mais sobre os pensamentos das pessoas da minha cidade, de Luziânia, dos arredores, o que está acontecendo, quem está escrevendo? Tem poesia por aí? Tem letras de música por aí? Tem jornalismo por aí? Tem literatura em Luziânia? Ou vamos daqui pra frente somente nos ater ao que foi escrito nos anos de outrora? Ainda bem que existem tais escritos, que confesso aqui, também li muito pouco ainda. Gelmires Reis escreveu. Dilermando Meireles escreveu. Wilter Campos Coelho escreve, José Egídio escreve, José Álfio da Silva escreve! Fiz uma reportagem sobre o lançamento do memorial dos escritores goianos na biblioteca de Luziânia no ano de 2015. Está lá no Youtube da Rede Luziânia. foi um importante momento da salvaguarda dos nossos escritores. Existem tantos outros que ainda precisamos homenagear, conhecer e ler. Ler vai ajudar a escrever. Aqui em Luziânia temos a Academia de Letras, que coisa honrosa. Temos campo para o progresso, para incluir a modernidade na academia e levar sangue novo, ideias novas e progresso. Temos um presidente jovem e atuante, inclusive ele, Thiago Machado, o criador do memorial da biblioteca. A Academia de Valparaíso está avançando, é também um bom exemplo. Precisamos ter a coragem de escrever e também a alegria de saber que alguém vai poder ler.
Arley da Cruz – 21.08.2023