Preencha os campos abaixo para submeter seu pedido de música:
Saúde! Como? Exclamar e interrogar a questão da saúde é uma constante em nossas vidas, estamos todos sobrevivendo a vários mecanismos biológicos ou não que estão nos tentando tirar a saúde. O agente do momento é o Aedes Aegypti, nosso mosquito da dengue de cada dia. Estamos cercados por um inimigo familiar mas mortal. Luziânia parece que é a cidade de veraneio do Aedes, já estamos acostumados com ele e o visitante se sente à vontade por aqui.
Tudo que o Aedes precisa para se desenvolver e proliferar ele encontra em Luziânia: muito mato, sujeira pra todo lado, lotes baldios, casas abandonadas, e pessoas hospitaleiras do mosquito da dengue. É uma festa danada! O resultado é o que temos visto nessa temporada do verão de 2024: adoecimento da população, hospitais lotados, internações e mortes por conta da dengue. Infelizmente não somos os únicos privilegiados com a epidemia da dengue. O Brasil já contabiliza mais de 1.657.814 casos confirmados e quase 500 mortes confirmadas e diversas mortes ainda em investigação.
Não é tarefa fácil vencer essa batalha. A facilidade de reprodução de uma única fêmea do Aedes é suficiente para atacar várias famílias inocentes. A inocência é relativa. Verdade seja dita, nós somos complacentes com o desenvolvimento deste vetor doentio. Não somos todos os que cuidam para que os locais estejam menos favoráveis ao aumento dos locais que acomodam os ovos do réprobo. Nós realmente facilitamos o trabalho deles por não eliminar os locais propícios ao desenvolvimento das larvas do maledito.
Um estudo da Fiocruz revelou que as mudanças climáticas e o enorme desmatamento estão relacionados com o aumento descontrolado de vetores de arboviroses. Nosso cerrado, tão arruinado em Luziânia, é um exemplo de como a falta de educação e consciência ambiental está nos destruindo a cada dia.
Neste último final de semana em Luziânia uma jovem de 24 anos perdeu a vida por complicações da dengue grave. Famílias estão enlutadas, crianças órfãs, pais, irmãos, irmãs, esposas e maridos pesarosos por causa da visita de um maldito hóspede indesejado. O alerta está no ar, está voando. Repelentes, raquetes, fumacês, visitas de agentes e quaisquer outras medidas impostas são nossas tábuas de salvação. Uma vítima identificada em meio a tantas pessoas que vem padecendo por conta da dengue.
Da parte do governo vem campanhas, anúncios, medidas sanitárias etc. Da ciência veio a importante vacina contra a dengue e realmente é um alento saber que as crianças de 10 a 14 anos podem se imunizar contra o vírus da dengue. Ainda é premente que todas as faixas etárias sejam atendidas. Neste ínterim não devemos baixar a guarda. Não sejamos anfitriões gentis dos mosquitos da dengue e sua trupe. Vamos expurgar esse mal do nosso meio e tentar sobreviver a este visitante implacável e mortal.
Arley da Cruz – 19.03.2024