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Segunda feira chega com o pensamento no fim de semana. A pergunta é recorrente: como foi o seu final de semana? E então segue uma lista de coisas que foram realizadas ou um sem fim de várias nadas que não fizemos. O final de semana serve para o nosso descanso, um repouso necessário para aplacar os nervos da uma semana decorrida. Cada vez mais parece que os dois dias de folga ou apenas o domingo folgado são insuficientes para o devido repouso.
O repouso é sagrado. Deus descansou de sua semana criativa. Isso nos faz querer uma santa inação. A ciência também diz que devemos descansar bem depois de uma semana atribulada. Alguns estudos dizem que o repouso semanal deveria ser de três dias! Pesquisadores relatam que as pessoas que trabalham cerca de 55 horas semanais tem 33% de chances de sofrerem um derrame. Quem trabalha muito e descansa pouco aumenta em 13% a possibilidade de ter doenças cardíacas. O descaso é sagrado!
Mas a vida da maioria das pessoas não permite o luxo do ócio. Muitas famílias aproveitam o fim de semana para resolver todos os detalhes da vida que são impedidos de fazerem durante a semana. Fazem compras, levam os filhos para se divertir, dar atenção para parentes idosos, cuidam dos pets, cuidam, constroem ou reformam as casas e com isso, pouco descansam. Com o passar dos anos vem a conta: problemas de saúde física e emocional, esgotamento, ansiedade e os problemas que derivam dessa dura rotina.
Vejo a possibilidade de um descanso com bons olhos. Algumas pessoas abominam o fato de estar sem ter nada pra fazer e daí inventam tarefas para ocupar o dia. Na verdade, abdicam de descansar para resolver problemas que não serão solucionados em uma simples folga semanal. Aconselho sempre: apenas pare. Deixe certas tarefas que não são importantes pra depois. Se deem ao direito de descansar no final de semana ou quando surgir uma merecida desocupação. Mexa menos no celular. Ouça uma música antiga. Assista a um filme ruim. leia um livro fácil. Deite em uma rede por duas horas sem pensar em nada. Pise com a planta dos pés na terra. Faça uma caminhada e admire a natureza.
O deleite do repouso deveria ser naturalizado e incentivado. Estamos meio que acostumados com o caos. Os jovens se esbaldam e não descansam e os anos que vindouros cobrará o preço da falta de repouso. Não é preguiça. É o direito do não fazer nada, o desincentivo ao trabalho no dia da inércia. Experimente descansar, desleixar o dia descalço ou com aquele chinelo velho nos pés e provavelmente você responderá que teve um lindo final de semana.
Arley da Cruz – 15.01.2024