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Frente Parlamentar em defesa da UEG promove audiência pública com alunos e professores nesta 4ª-feira, 6

A Frente Parlamentar em Defesa da Universidade Estadual de Goiás, presidida pelo deputado Antônio Gomide (PT), realizou na manhã desta quarta-feira, 6, audiência pública com alunos e professores para debater a situação da instituição.

Além de Gomide, integraram a mesa o líder do Governo, deputado Talles Barreto (UB), a deputada Bia de Lima (PT), o reitor da UEG, Antônio Cruvinel, o professor da UEG, Marcelo Moreira, e o diretor da Associação dos Docentes da UEG, Waldir Especian. Também tomaram assento o diretor da regional Planalto do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes) e o estudante Augusto Vieira, representando os estudantes da UEG. O deputado Mauro Rubem (PT) chegou ao final do encontro e também marcou presença.

Ao iniciar o encontro, Gomide destacou que a Alego tem cumprido seu papel ao abrir a porta para um debate democrático e de interesse ao Estado. “Nos, deputados, temos total interesse em buscar soluções. A Frente Parlamentar em defesa da UEG é uma ferramenta para pautar a UEG nesta Casa e escutar as associações e os alunos e sensibilizar o governo no sentido de dar importância à universidade”.

Gomide reiterou que o encontro tinha por objetivo encontrar soluções e alternativas para avançar e fortalecer a UEG.

Ao se manifestar, o deputado Talles Barreto, que falou em nome do Governo, destacou que a reivindicação dos estudantes é legítima, sobretudo na defesa da qualidade de ensino que a universidade potencializa. Ele explicou o que significa ser líder do Governo na Alego e parabenizou o deputado Antônio Gomide pelo equilíbrio e bom senso com o qual trata o tema.

Bia de Lima também fez suas considerações e afirmou que o encontro ajuda a efetivar medidas do Governo para sanar as angústias pelas quais a instituição passa. A parlamentar apontou a importância de pagamento da data-base e o plano de carreira para servidores da educação como fundamentais para a melhoria dos serviços.

O diretor regional do Sindicato Nacional de Docentes, Augusto Vieira, observou campanhas realizadas pela Andes e elencou as principais queixas levantadas. Ele afirmou que a maioria se concentra em relação a disparidade de condições da carreira dos servidores da educação, a redução de salários e perda de financiamento e o assédio que alunas e professoras enfrentam. Ele convidou a UEG para o encontro de universidades estaduais, num ato de força e unidade em defesa da instituição.

O estudante Ricardo Abreu falou em nome dos alunos e discorreu sobre as condições que a UEG se encontra. “Como produzir conhecimento com as atuais condições que a nossa universidade está? ”, indagou. Assim, ele pontuou que é preciso sustentar os alunos, tanto em questões estruturais como emocionais e psicológicas para preparar os discentes ao mercado de trabalho.

Abreu considerou a importância da unidade estudantil em torno do tema. “O argumento de que os estudantes não estão a favor de uma greve não é verdade. Estamos sim, pois essa luta é nossa e precisamos mudar a realidade da nossa universidade e colocar a UEG entre as melhores do país, porque a educação muda vidas;”

O professor Marcelo Moreira destacou, também, os principais problemas ocorrem devido a “ruídos” na comunicação. Ele evidenciou os vários ofícios que a instituições encaminhou ao Governo, sobretudo para secretarias como a Educação (Seduc), Administração (Sead) e de Governo (SGG). “Demostramos tudo que precisamos, mas o Governo não deu atenção. Nós da categoria docente e discente precisamos ter nossas reivindicações atendidas e efetivadas. Pensaram que não teríamos força no ato do dia 1º e nós saímos na capa de todos os jornais do Estado de Goiás. Então, nossa mobilização está em cima e não vamos encerrar. A greve que está ocorrendo foi feita pelo Governo e não pela categoria. Foram as ações do Governo que nos impuseram uma greve”, encerrou.

O reitor Antônio Cruvinel afirmou que a busca pela melhoria da instituição interessa a todas as partes. Ele evidenciou que a instituição conta com 13.093 discentes e que representá-los envolve muita responsabilidade. “Minha posição é de interlocutor, de defender a universidade. No que cabe a reitoria, não temos medido esforços para dialogar nos pleitos que estão sendo levantados”, afirmou.

Cruvinel encerrou sua participação agradecendo ao conselho universitário pelas discussões que tem avançado em prol da entidade. “Estou aqui e continuarei nesse papel. Minha obrigação é defender e lutar pelos interesses da universidade. Não é interessa da UEG prolongar uma greve, por exemplo. O diálogo, sentar à mesa e conversamos, é a melhor opção e por isso agradeço pela presença. Estou à disposição para essa interlocução com o Governo e na esperança de encontrarmos uma solução rápida.”

Após as contribuições da mesa, a palavra foi fraqueada ao público para dúvidas e esclarecimentos. O professor José Leonardo solicitou ao líder do Governo, deputado Talles Barreto, celeridade no atendimento da demanda. “Queremos acreditar na sua fala, deputado, de que esse Governo terá sensibilidade. Mas a constatação que temos é outra. Nunca fomos tratados com tanto desdém. Não dá mais para passar panos quentes para a situação que vivemos. Queremos condições de trabalhos dignos, queremos ser respeitados por nossa luta”, afirmou.

A estudante Ana Beatriz destacou os problemas estruturais e como isso atrapalha o dia a dia de estudos dos acadêmicos. “É parede mofando, biblioteca caindo, salas pequenas e quentes. Temos diversos alunos que moram em outras cidades e estudam em outras localidades, câmpus fechando. Enfim, ano passado estivamos aqui e estamos aqui, hoje, pelos mesmos motivos. Escutem nossas pautas, nos atendam”, encerrou.

Após as contribuições, a palavra retornou a mesa dos trabalhos para as contribuições finais e encerramento da reunião.

Agência Assembleia de Notícias
FONTE
https://portal.al.go.leg.br/noticias/142179/frente-parlamentar-emdefesa-da-ueg-promove-audiencia-publica-com-alunos-e-professores-nesta-4-feira-6

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