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A população indígena de Goiás passou de 8.583 para 19.522, nos últimos 12 anos. Isso representa um crescimento de 127%, desde a última contagem, em 2010. Os dados foram divulgados pelo Censo Demográfico 2022 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), nesta segunda-feira (07/08).
A quantidade de pessoas que se declaram indígenas no estado representa 0,28% dos habitantes. O total no Brasil é de 1.693.535, distribuídas por 4.832 municípios. Em pelo menos 222 dos 246 municípios goianos, uma pessoa se declara indígena. As maiores populações estão em:
O governo federal, por meio da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) e da Secretaria de Saúde Indígena (Sesai), é o responsável direto pela elaboração e implementação de políticas públicas para os povos originários. No entanto, essa população recebe também toda a atenção do Governo de Goiás, que trabalha na preservação das tradições e promoção do bem-estar.
Goiás tem hoje três comunidades indígenas aldeadas: os Tapuias (nos municípios de Rubiataba e Nova América), os Yny Karajá (Aruanã), e os Avá-Canoeiro (Minaçu). Os que não vivem em aldeias estão espalhados por vários municípios, incluindo a capital, que tem a União dos Indígenas Residentes em Goiânia (Unirg).
O programa Mães de Goiás beneficia 53 indígenas mães de crianças de zero a seis anos de idade, que recebem mensalmente R$ 250 para aquisição de alimentos e medicamentos. Outros 32 indígenas da etnia Yny Karajá foram contemplados com o Crédito Social, totalizando R$ 89,7 mil destinado à aquisição de equipamentos para produção de artesanato, após terem feito o curso Artesanato em Cerâmica, oferecido pela Secretaria da Retomada.
Um novo grupo, de Tapuias, está cursando Processamento de Derivados do Leite e Processamento de Derivados da Mandioca. Eles também serão beneficiados com o Crédito Social para a compra de equipamentos utilizados na produção dos itens que estão aprendendo a fazer e colocar à venda.
Expedições da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social (Seds) nas aldeias levam serviço de registro civil para a confecção de documentos de identificação, suprimentos às famílias, como cestas básicas e cobertores, em parceria com a OVG, e orientações para inscrição no Cadastro Único (CadÚnico).
A Seds possui a Gerência de Articulação e Promoção de Direitos Indígenas, que atua no apoio de ações e na busca ativa de parcerias com entidades dentro e fora da estrutura do governo estadual.
Eventos como os realizados nas edições do Festival Internacional de Cinema e Vídeo Ambiental (Fica), na cidade de Goiás, com a Tenda Multiétnica, têm promovido a interculturalidade. A programação contou com apresentações de filmes sobre os povos originários, exposições fotográficas, feira de livros e comercialização de produtos.
Na aldeia Carretão, em Rubiataba, professores indígenas realizam atividades culturais, incluindo atividades típicas dos Tapuias, como a corrida com tora, grafismos indígenas e contação de mitos indígenas. O Governo de Goiás também investe na oferta de escolas exclusivas para os povos originários, nas quais os professores pertencem à comunidade indígena.
São três: Colégio Estadual Indígena Cacique José Borges, em Rubiataba; Colégio Estadual Indígena Maurehi, em Aruanã; e o colégio Estadual Indígena Aldeia Avá-Canoeiro, em Minaçu. Além disso, pela primeira vez, foi realizada a inclusão dos povos originários no Conselho Estadual da Igualdade Racial e Combate ao Preconceito (CEDHIRCOP-GO), com garantia de assento exclusivo de seus representantes, sendo um titular e um suplente.
FONTE
https://agenciacoradenoticias.go.gov.br/91667-populacao-indigenade-goias-mais-que-dobra-em-12-anos