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Reflexões sobre a Poesia, Tecnologia e Legado Cultural na Academia de Letras e Artes do Planalto - Rede Luziânia

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Reflexões sobre a Poesia, Tecnologia e Legado Cultural na Academia de Letras e Artes do Planalto

Neste domingo, 9 de junho de 2024, a Academia de Letras e Artes do Planalto (ALAP) de Luziânia Goiás realizou mais uma sessão ordinária, marcada por profundas reflexões sobre a poesia, a escrita e o papel da tecnologia na vida humana. A reunião foi iniciada pelo presidente da ALAP, Tiago Machado, que expressou condolências pela perda da mãe do acadêmico José Álfio da Silva. Fez menção do tema da palestra do dia, que visa reforçar a importância da poesia e da escrita. Destacou também a reflexão sobre o uso da inteligência artificial, enfatizando-a como ferramenta de auxílio ao ser humano e não um substituto.

Reflexões sobre a Poesia e a Escrita

O ponto alto da sessão foi a palestra da acadêmica e ex-presidente da ALAP Professora Lucineide Lima e Silva, que abordou o tema “A poesia como expressão artística da linguagem”. Lucineide destacou que a poesia é a manifestação dos sentimentos mais profundos do ser humano, transpostos para o papel através das letras. Citando Sérgio Buarque de Holanda, ela afirmou que “a ciência jamais revelará o que é a poesia”, e mencionou como filósofos como Platão e Aristóteles já discutiam a natureza poética desde a antiguidade.

Ela enfatizou que a poesia é uma espécie de redoma para a linguagem, capaz de evitar a perda do sentido e de salvar a essência do humano. Citou Ruben Alves ao afirmar que “a poesia liberta” e descreveu o estado poético como um adoçamento da existência. A palestra também mencionou os acadêmicos Wilter Campos Coelho e Dr. Cecílio, declamando sua obra “Te quero”.

Lucineide também refletiu sobre a linguagem figurada dos poetas e a importância de interpretar poeticamente os sentimentos, destacando a influência de poetas como Cecília Meireles e Fernando Pessoa. Enfatizou que as salas de aula precisam de poesia para nutrir a alma e o intelecto dos estudantes.

O presidente Tiago Machado elogiou a palestra e destacou a importância do pensamento crítico e poético sobre o senso comum. O acadêmico Jarbas Marques lembrou do filme “Uma Odisseia no Espaço” (1968) que já fazia uma crítica  sobre a tecnologia, lembrou também o impacto histórico de 8 de junho de 1964, quando Castelo Branco cassou o mandato de senador do ex-presidente do Brasil Juscelino Kubitschek de Oliveira. 

O acadêmico Dr. Elísio destacou a importância de as gerações mais jovens levarem adiante o legado cultural e poético. Dr. Cecílio Oliveira, honrado pela leitura de seu poema, lembrou que o dia 10 de junho é o Dia de Camões, um tributo ao grande poeta português.

O vice-presidente Eliézer Bispo também expressou seu deleite em participar das sessões da ALAP, elogiando a palestra e reforçando a importância dessas discussões para a manutenção da cultura.

A secretária da ALAP acadêmica Shirlan Braz, e os sócios correspondentes, Dr. Orlando Pinheiro e Arley da Cruz, também elogiaram a palestra da professora Lucineide. Dr. Orlando lembrou sua infância e escolaridade e declamou um poema de Camões, que celebra 500 anos de nascimento em 10 de junho.

Encerrando a sessão, o presidente Tiago Machado agradeceu a presença de todos, especialmente dos alunos do curso de psicologia e fisioterapia da Faculdade Nossa Senhora Aparecida que participaram da sessão e refletiu sobre a nova fase da humanidade, marcada pelo comodismo, e ressaltou que a ALAP deve continuar expandindo seu impacto cultural e intelectual por todo o Planalto Central. Anunciou a posse dos sócios correspondentes, Arley da Cruz e Orlando Pinheiro como membros da academia para o mês de agosto.

A sessão ordinária da ALAP do dia 9 de junho de 2024 foi um evento enriquecedor, que combinou a homenagem ao legado poético e cultural com a reflexão sobre os desafios e oportunidades trazidos pela tecnologia. Através de palestras inspiradoras e discussões profundas, a Academia de Letras e Artes do Planalto reafirma seu compromisso com a promoção da arte, da cultura e do pensamento crítico na sociedade.

Reportagem Arley da Cruz

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